Nossa Senhora das Lágrimas: o milagre de uma mãe que chora e que cura
“Comovido com o prodígio do derramamento de tuas lágrimas, oh! misericordiosíssima Virgem de Siracusa, venho hoje prostrar-me a vossos pés, e animado com uma confiança por tantas graças que tens concedido, venho a Vós, oh, Mãe de Clemência e de piedade, para abrir-vos meu Coração, para alojar em teu doce Coração de Mãe todas as minhas penas, para unir minhas lágrimas a às vossas: as lágrimas da dor por meus pecados e as lágrimas das dores que me afligem.”
O primeiro trecho da oração à Nossa Senhora das Lágrimas já revela uma devoção enraizada na dor e na confiança da maternidade de Maria nos momentos mais difíceis.
Não por acaso, a história começa assim: a mãe de primeira viagem Antonina Iannuso vivia uma gravidez difícil, que constantemente deixava sua visão turva.
No dia 29 de agosto de 1953, Antonina chegou a ficar com a visão completamente comprometida. Quando a vista finalmente voltou ao normal, às 8h30 da manhã, Antonina viu lágrimas descerem dos olhos de uma pequena imagem de gesso que mantinha na cabaceira da cama.
De início pensou ser uma ilusão. Mas o episódio se repetiu por cerca de 58 vezes entre os dias 29, 30, 31 de agosto e 1º de setembro daquele ano.
A notícia se espalhou rapidamente e os peregrinos começaram a se dirigir em grande número a Siracusa. O milagre foi visto por diversas pessoas, padres, bispos e autoridades civis.
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A ciência das Lágrimas
Os químicos Leopoldo La Rosa e Francisco Cotzia analisaram 1m3 das lágrimas da imagem de Nossa Senhora e comprovaram, de acordo com documento da época: “O líquido revela a mesma composição e a mesma densidade das lágrimas humanas”.
Ainda naquele mesmo ano, em dezembro, a Igreja declarou a lacrimação como milagrosa. E em 1994, no dia 6 de novembro, o Papa João Paulo II inaugurou o Santuário de Nossa Senhora das Lágrimas, em Siracusa.
Alguns dos milagres relatados:
- O primeiro milagre foi atribuído a Antonina Iannuso, que após a lacrimação não teve mais nenhum problema com a gravidez em curso nem com as demais.
- O pequeno Aliffi Salvatore, de menos de 2 anos, havia sido diagnosticado com uma neoplasia no reto. Após as súplicas dos pais à Nossa Senhora das Lágrimas, o menino não apresentou mais a doença.
- A pequena Moncada Enza, de apenas três anos, desde o primeiro ano de vida sofria de uma paralisia no braço direito. Ao receber uma aplicação de um algodão bento de Nossa Senhora das Lágrimas, voltou a mover o bracinho.
- Ferracani Caterina, de 38 anos, sofria de uma trombose cerebral, e por isso não podia se mover e nem falar. Depois de visitar Nossa Senhora das Lágrimas e aplicado o algodão bento, readquiriu a fala.
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