Basílica da Natividade, berço do Cristianismo
Uma das Igrejas mais antigas da Terra Santa… e até mesmo do mundo. Um verdadeiro tesouro para a humanidade. Diante das várias destruições dos lugares santos, a Basílica da Natividade foi a única salva.
Pe. ARTEMIO VÍTORES GONZÁLEZ, ofm
Guardião Convento Franciscano Santa Catarina “ad Nativitatem”
“Em 614 os persas invadiram a Terra Santa e destruíram todas as Igrejas, exceto esta, porque quando eles viram os Reis Magos vestidos com roupas persas desistiram. Depois, em 1009, o califa Hakim, destruiu de novo todas as Igrejas, mas chegando aqui se deparou com uma serpente, se espantou e fugiu”.
A primeira construção da Basílica da Natividade foi no quarto século, por Santa Helena, mãe do imperador Constantino. Abalada por um forte terremoto, foi reconstruída por Justiniano dois séculos depois.
Na época dos cruzados, entre os séculos 11 e 12, as paredes foram enriquecidas de mosaicos, feitos de ouro e madre pérola. E a porta de entrada que era grande foi reduzida, para evitar a entrada dos turcos com cavalos. A chamada “porta da humildade” possui também um sentido de reverencia ao lugar santo.
Muito antes da primeira construção, ainda no segundo século, o lugar já era venerado pelos cristãos, e por isso o imperador Adriano ergueu no lugar uma floresta dedicada ao deus Adone, como forma de profanar o lugar considerado sagrado.
Pe. ARTEMIO VÍTORES GONZÁLEZ, ofm
Guardião Convento Franciscano Santa Catarina “ad Nativitatem”
“A presença crista continuava. Muito antes que Santa Helena construísse a Igreja, os cristãos já veneravam este lugar. A construção do templo de Santa Helena foi considerada uma manifestação de algo que já existia”.
Atualmente, a Basílica da Natividade está passando por uma nova restauração, com o reparos do telhado, dos mosaicos, das colunas da nave central, da fachada e partes danificadas. A estrutura que vemos hoje impressiona pela qualidade do material utilizado, pois é mesma que sustenta a Igreja ha quase 1500 anos. A madeira utilizada nas arquitraves do teto são ainda de Cedro do Líbano, da era de Justiniano.
GIAMMARCO PIACENTI
Restaurador e presidente da Piacenti S.P.A.
“A gente se pergunta ‘como esta igreja resistiu durante mais de 1500 anos, suportando até mesmo terremotos que praticamente destruiram toda a Palestina…?’ Quem sabe por que? Talvez por ter sido projetada e construída de modo incrível? Sim. Esta é uma maravilha do ponto de vista tecnológico”.
Em julho de 2016, restauradores descobriram o mosaico de um anjo, que estava escondido ha séculos atrás da pintura de uma parede.
No complexo da basílica, abaixo do nível da nave, estão as grutas que cercam o lugar do nascimento de Cristo. Elas são dedicadas a São José, aos santos inocentes e a São Jerônimo, onde ele passou mais de 30 anos de sua vida traduzindo a Bíblia.
Esta escada dá acesso ao coração da Basílica da Natividade. Há apenas alguns passos esta as grutas onde Jesus nasceu e foi colocado em seguida na manjedoura.
GUSTAVO FRANCO
Venezuela
“Para mim e muito importante celebrar o mistério da encarnação do Filho de Deus, que aqui na Terra Santa se tornou carne verdadeiramente. Aqui Ele nasceu e deu a Sua vida por nós também”.
O lugar da natividade e da manjedoura estão lado a lado. Elas preservam os vestígios arqueológicos do lugar onde Jesus passou os primeiros momentos de sua vida. São sinais visíveis que reforçam o que não se vê: a fé no Filho de Deus.
IURI DEON
Brasil
“Muitas vezes nós escutamos em nossa casa, quando criança, sobre o nascimento de Jesus, e ficamos imaginando como poderia ter sido este fato. E estar aqui e tocar, ver que é algo real, concreto é uma alegria muito grande”.
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Fonte: Revista Terra Santa