São João Bosco: pai e mestre da juventude.
“Ser bom não consiste em não cometer erros, mas em ter vontade de se arrepender”, São João Bosco.
São João Bosco, mais conhecido como Dom Bosco, dedicou sua vida a um propósito inabalável: levar almas ao Paraíso. Movido por um profundo amor a Deus e ao próximo, ele transformou sua preocupação com as crianças e jovens em situação de rua em uma missão de vida, oferecendo-lhes não apenas abrigo, mas também educação, fé e esperança.
Nascido em 1815, no lugarejo de Becchi – uma colina italiana, hoje denominada “Colina Dom Bosco”-, no seio de uma família humilde, São João Bosco enfrentou dificuldades com a morte precoce do pai, aos 33 anos. Porém, desde cedo, mostrou sinais de sua vocação especial.
Aos nove anos, teve um sonho premonitório que o marcou profundamente: cercado por jovens que blasfemavam, ele tentava corrigi-los com agressividade. Mas, Jesus e a Virgem Maria o orientaram a seguir um caminho de mansidão e caridade, ensinando que apenas pelo amor e pela virtude seria possível transformar vidas.
Foi graças a sua inteligência e determinação, que trabalhou para concluir os estudos, seja como garçom, alfaiate e carpinteiro. E foi em 1841 que ele alcançou o sacerdócio e seguiu sua vocação.
Conheça mais detalhes sobre sua história.
Sua conexão com a juventude
Dom Bosco enxergava na juventude vulnerável de Turim uma oportunidade de semear o bem. Inspirado por São Filipe Néri, fundou o Oratório de São Francisco de Sales, que logo se tornou o coração de sua obra educativa. Ali, ele criou um ambiente acolhedor, baseado na bondade, no amor, na razão e na promoção de valores cristãos.
Em uma carta escrita sobre o estado do Oratório, São João Bosco diz: “Quem sabe que é amado, ama; e quem é amado alcança tudo, especialmente dos jovens. A confiança estabelece uma corrente elétrica entre jovens e superiores.” (Disponibilizada pelos Salesianos SP)
Sua missão se expandiu com a fundação da Congregação Salesiana e, posteriormente, do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, para a educação de meninas.
“Diz a experiência que os jovens não esquecem os castigos recebidos, e geralmente conservam ressentimento acompanhado do desejo de sacudir o jugo e até de tirar vingança. Podem, às vezes, parecer indiferentes; mas quem lhes segue os passos sabe quão terríveis são as reminiscências da juventude”. (A pedagogia de Dom Bosco em seus escritos, 2004, Editora Salesiana)
Dom Bosco foi também um promotor incansável da “boa imprensa”, publicando materiais que difundiam a fé e combatiam as influências negativas da época.
Apesar das dificuldades e perseguições, ele manteve uma fidelidade incondicional à Igreja e ao Papa. Sua dedicação o tornou um mediador entre o Estado e a Santa Sé, além de um exemplo admirado por muitos, mesmo após sua morte, em 31 de janeiro de 1888.
Canonizado em 1934, São João Bosco continua sendo uma referência para a juventude. Seu carisma da alegria – como o Papa Francisco afirma ter aprendido na Argentina -, que incentivava os jovens a viverem com felicidade e responsabilidade, é um legado que inspira gerações. Como ele dizia: “Ser bom não é nunca errar, mas ter a vontade de se arrepender”.
Hoje, os ensinamentos de São João Bosco ecoam pelo mundo, em obras salesianas presentes em mais de 130 países, levando adiante sua missão de amor e transformação.
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