Apóstolo dos migrantes: conheça a história do beato João Batista Scalabrini
No coração dos fiéis, João Batista Scalabrini já era considerado o padroeiro dos migrantes. Mas, aos olhos da Igreja Católica, sua canonização acontecerá no próximo dia 9 de outubro, acompanhado do júbilo da comunidade internacional. A data foi anunciada hoje (27 de agosto) pelo Papa Francisco durante o Consistório Público.
A história de Scalabrini
Foi no princípio de julho de 1839 que João Batista Scalabrini veio ao mundo, próximo à Como, na Itália. De família humilde e cristã, sua fé o direcionou ao seminário diocesano e sua inteligência o levou à nomeação de professor do seminário e colaborador paroquial dos arredores.
Em 1871 tornou-se pároco de São Bartolomeu e se destacou à época por duas iniciativas: seu incentivo ao catecismo dos mais jovens e sua atenção aos problemas sociais vigentes.
Scalabrini era humilde e ao ser nomeado bispo de Piacenza a surpresa foi grande. Pelos 30 anos que permaneceu ocupando este posto, aproveitou cada instante para seguir seu coração missionário e social.
Inclusão e migrantes
A sabedoria e os estudos foram prioridades de João Batista. Reformar os estudos eclesiásticos, reorganizar seminários e incentivar a formação do povo foram algumas de suas metas realizadas.
Por seu olhar social, concretizou a criação de um instituto voltado para a população surda-muda e uma organização assistencial para mulheres abandonadas das regiões rurais. Apesar de toda dedicação, ele não parou por aí.
Certa vez, Scalabrini avistou na estação ferroviária centenas de migrantes carregando as trouxas com o pouco que tinham, em busca de uma vida mais digna. Para eles, Scalabrini desenvolveu a Casa dos Migrantes. E após receber uma carta de um emigrante suplicando a vinda do bispo para a América do Sul, em 1887 ele fundou a Congregação dos Missionários de São Carlos Borromeu (Scalabrinianos) e a Sociedade São Rafael, movimentos leigo voltado aos serviços aos migrantes.
E em 1895 fundou mais uma obra, a Congregação das Missionárias de São Carlos Borromeu (Irmãs Scalabrinianas). Já em 1900, após oferecer reconhecimento às Irmãs Apostólicas do Sagrado Coração, enviou as missionárias para o Brasil para apoiar os emigrantes italianos. Sua história é rica e importante, em especial para o seu país.
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